sábado, 27 de junho de 2009

A morte de Michael Jackson e a força das redes sociais


Enquanto no 11 de Setembro o meio de comunicação mais importante foi a televisão e na vitória de Barack Obama foram os sites dos grandes jornais, na morte de Michael Jackson ganharam protagonismo o Twitter e o Facebook. Blogs e meios de comunicação digitais como o TMZ — que deu a notícia em primeira mão — passaram a frente de veículos consolidados na cobertura da morte do astro pop. Algumas páginas tiveram até o acesso momentaneamente congestionado pelo excesso de visitas.

Foi o TMZ — e não a emissora CNN — o primeiro meio que, às 18h20 (de Brasília) da última quinta-feira, informou que o "rei do pop" tinha morrido, oferecendo, inclusive, uma imagem da ambulância que levou Jackson ao hospital. Nas redações dos meios de comunicação mais emblemáticos do jornalismo americano, ninguém se atreveu a dar a notícia — até que o site do Los Angeles Times confirmou a morte, seguido pela agência Associated Press.

As grandes emissoras de televisão foram obrigadas a citar o TMZ e tiveram de mudar o mais rápido possível o conteúdo dos jornais da noite — que, a princípio, homenageariam a atriz Farrah Fawcett, que também morreu nesta quinta. Enquanto isto acontecia, milhões de pessoas souberam da notícia por redes sociais como Facebook ou Twitter, onde Michael Jackson dominava a discussão. O serviço chegou a cair em alguns momentos pelo excesso de visitas.

"O número de mensagens por segundo dobrou no momento em que se soube a notícia e as pessoas começaram a dar suas condolências e lembranças", disse o cofundador do Twitter, Biz Stone, à imprensa americana. Por volta de 13h50 (de Brasília), os dois primeiros termos mais twittados continuavam sendo alusivos a Michel Jackson. Entre os dez primeiros, seis faziam referência ao cantor, incluindo as palavras "pop", "thriller" e "MTV".

O Twitter era também o meio escolhido por dezenas de famosos e personalidades para expressar as condolências pela morte do rei do pop, mensagens que eram depois reproduzidas pelas grandes emissoras de televisão. "Agora a 'AP' também confirma. RIP. Enviando amor e luz à sua família e amigos, mas sobretudo aos filhos", twittava nesta quinta o ator Ashton Kutcher, o "rei do Twitter" com mais de dois milhões de seguidores.

Mas nem todos os internautas estavam conectados no microblogging. A enciclopédia on-line Wikipedia, por exemplo, registrava ontem uma incomum atividade e seus usuários se apressavam a editar e reeditar o perfil do cantor. No Facebook, Michael era um tema recorrente nos perfis e comentários de milhões de membros — e a rede social era usada também por muitos para organizar vigílias e encontros em homenagem ao artista.

Em questão de horas, o YouTube ficou inundado com os vídeos dos sucessos do cantor ou mensagens de usuários que postavam gravações expressando seus pêsames sobre a perda do músico. O site tinha criado hoje um canal exclusivo sobre Michael Jackson, e o vídeo de Thriller, possivelmente a obra-prima do artista, registrava nada menos que 38 milhões de visitas.

No Google, proprietário do YouTube, 50 das cem buscas destacadas nos Estados Unidos foram sobre Michael Jackson, informou o site de buscas em comunicado. O Google acrescenta que "também houve um aumento enorme nas buscas de letras para as canções: Thriller, Man in the Mirror, Billie Jean e Childhood, nesta ordem". Além disso, os usuários do Google News tiveram problemas para ter acesso às notícias sobre a morte de Michael em alguns momentos do dia porque a página estava saturada.

Da redação do Portal Vermelho, com agências

Nenhum comentário:

Postar um comentário